A diversidade do Festival La Folie

ACESSIBILIDADE NAS ELEIÇÕES

Texto: Larissa Pontes e Paulo Pinheiro

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A primeira edição do festival La folie, está concluída com sucesso! Nesta edição, se apresentaram artistas renomadas da comunidade LBTQIAPN+ e mulheres do brega pernambucano, com a exemplo de Pablo vittar, Gloria Groove, Luisa Sonza, Rebecca, Karol Conká, Priscila Senna e Tayara Andreza. O vento aconteceu na área externa do centro de convenções com três áreas para o público: arena, front e open bar, com dois palcos que alternaram as apresentações.

Além das atrações, o festival pautou a responsabilidade socioambiental em parceria com Ecoe sustentabilidade, para desenvolver práticas sustentáveis alinhadas aos objetivos sustentável da ONU. O evento contou ainda com a iniciativa “Lixo Zero” e destinou 90% do lixo gerado pelo festival para compostagem, reuso e reciclagem. 

O “Transforma Pride”, uma feira de empreendedorismo LGBTQIAPN+ com cerca de 30 expositores com roupas de moda agênero, produtos artesanais e ecológicos, marcou presença no festival, promovendo a geração de renda para a comunidade LGBTQIAPN+ que ainda luta contra o preconceito e a discriminação no mercado de trabalho. 

Acessibilidade no La folie 

Mas vamos ao que nos interessa! O evento realizou uma parceria com Vale PCD, coletivo formado por pessoas com deficiência e LGBTQIAPN+, que busca a inserção das pessoas com deficiência em todos os espaços. No La Folie, eles foram responsáveis em dar todo suporte para os PCDS, orientando, distribuindo as pulseiras da área de acessibilidade, disponibilizando intérpretes de Libras nos palcos, cadeiras, abafadores de ruídos (para quem tem hipersensibilidade auditiva), trazendo conforto sensorial. 

A cofundadora do Vale PCD, Priscila Siqueira, comentou os desafios de organizarem eventos com acessibilidade. “É pode entender o público que queremos alcançar, porque não vai ser todo mundo terá acesso, então precisamos pensar em um espaço projetado que atenderá a maioria das pessoas e  tão adaptar na hora quando alguém demanda da gente, então maior desafio é na adaptação e no planejamento”, contou.

Para promover um evento deste porte, é necessário visar a diversidade e pluralidade de pessoas, para que todos e todas possam participar, principalmente quando falamos sobre pessoas com deficiência. Nesse quesito o La folie entregou! Dando espaço para influenciadores com deficiência, como a exemplo do Ivan Brown, um dos apresentadores do festival, para que isso se torne comum na sociedade e as pessoas com deficiência sejam inseridas em todos os espaços, inclusive nos ambientes de lazer. 

“É importante que a gente possa transitar tranquilamente, estou amando, me sentindo muito acolhida aqui e não sentir dificuldades para chegar até o festival e ansiosa para pode conferir a Glória Groove. Minha mensagem para outras pessoas com deficiência que venham se divertir também, estou amando muito.” Jéssica, 26 anos, para paraplégica há 3 anos, relatou nunca havia ido a um show com acessibilidade.

Pedro Filipe, 20 anos, estudante de contabilidade, relatou o quanto está feliz, está vivenciando o festival “Está sendo uma experiência incrível, estou muito ansioso, muito animado pela estrutura. Estou bem ansioso para o show de Pablo vittar e Glória Groove acredito será pontos fortes da noite. Fui à área pcd a gente tem uma visão incrível de todos os shows, então acho que será uma experiência ótima. O acesso foi tranquilo, eu já tinha vindo em outros eventos aqui já tinha familiaridade. Minha expectativa para show é dançar muito e me divertir muito e só sair de manhã” contou ao Eficientes. 

Pontos a melhorar:

A produção do festival La Folie acabou pecando em alguns pontos, por falta da comunicação e organização geográfica do festival, reduzindo a área PCD a um único local, que ficava no meio do evento, entre o Open e o Front. Para compensar a falha o festival liberou o lounge Open bar, para todas as pessoas com deficiência. Mas a retirada de bebida ficou inviável, devido à distância da área PCD dos quiosques por ficar na parte central do evento. Houve também dificuldade para visualizar as/os intérpretes de libras, devido à distância do palco. A área da pessoa com deficiência contava com apenas um banheiro acessível, mas não tinha papel.

Caso a pessoa com deficiência escolhesse ficar com os amigos(a) ou namorados(a) em outras áreas, teriam dificuldade de acesso aos banheiros, porque na área do front contava com apenas um, que estava localizado numa região inacessível por conter uma pequena ladeira. Na área open, o banheiro ficava muito distante e as pessoas com deficiência física tiveram dificuldade de se locomover até os toaletes.

Editorial

Fica o alerta do Eficientes, para próximas edições o La folie: O evento deve-se atentar as diversas formas de acessibilidade, respeitando e propondo conforto ao seu público com deficiência, para que todos e todas sejam assistidos da forma correta, apreciando o festival tranquilamente, colocando a área PCD próxima ao palco, com mais banheiros e quiosque para as pessoas com deficiência, seja na Arena, Front ou Open bar. Acessibilidade não é difícil, difícil é quem lida com a falta dela.

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