“Minha família sempre me apoiou e colou na minha cabeça que sou uma pessoa como qualquer outra”. A frase é de Douglas da Silva Figueira. Diagnosticado com displasia esquelética, doença mais conhecida como nanismo, quando ainda era bebê, Douglas, hoje com 24 anos, mostra que um dos primeiros passos para superar a deficiência são o apoio e o carinho da família.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O nanismo é caracterizado por um problema no desenvolvimento e crescimento da pessoa, mas só foi reconhecido com deficiência em 2004. A partir desse momento, Douglas e outras pessoas que também possuem essa condição tiveram os direitos estabelecidos por lei a pessoas com deficiência. Estatísticas apontam que 20 mil brasileiros têm nanismo. São considerados anões os homens com estatura menor que 1,45 metros e mulheres com altura inferior a 1,40 metros. Douglas tem 1,18 metros
Após vencer a primeira barreira que é a aceitação dos familiares, foi a hora de enfrentar o mundo: “A infância foi mais tranquila, as crianças não têm maldade no olhar e nas opiniões, eles aceitam mais facilmente as diferenças”. Os problemas começaram a surgir com mais frequência na adolescência e seguem até hoje na vida adulta de Douglas. “Se eu fosse ligar para todas as brincadeiras, xingamentos e olhares que vejo na rua, ficaria trancado no meu quarto o tempo todo, mas eu escolhi viver e ser feliz”.
Douglas estava crescendo, a necessidade e vontade de trabalhar eram cada vez mais fortes. Enquanto isso ele ia despertando o interesse pela área de informática e fazendo vários cursos técnicos voltados para esse segmento. Mesmo com as qualificações, Douglas nunca conseguiu se empregar na área e garante que a lei que obriga empresas de grande porte a contratar deficientes foi essencial para conquistar um emprego.
Transcrição completa do áudio de Douglas da Silva
Atualmente Douglas trabalha como recepcionista no restaurante Armazém Guimarães do Shopping Rio Mar e também faz parte de bandas de hip-hop e rap, pelas quais ficou famoso no local onde vive e chegou até a participar do programa Esquenta, da Globo.
Douglas é casado há dois anos com Renata. Ele afirma que está satisfeito com seu emprego e a sua vida: “Estou feliz com a vida que tenho. Sou casado com uma mulher linda, tenho um bom emprego, sou o funcionário que mais recebe gorjeta dos clientes e conquistei minha casa própria”
Além se ser exemplo com a sua história, Douglas espera que outros deficientes se encorajem e lutem por seu espaço. “A vida só é uma, não se deixem abater com as dificuldades e preconceitos que surgem no caminho. Sejam fortes e batalhem, vocês podem conseguir tudo que quiserem”, finaliza.